Sobre mim

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Bem, é melhor fazer uma retrospectiva…

  • 1971: nasci, em 23 de setembro, no Hospital Naval Nossa Senhora da Glória, atual Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória, na Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho único. Ao lado, uma foto de 2011, tirada no 12º Fórum Internacional de Software Livre (FISL 12).
  • 1972: o meu pai, oficial da Marinha do Brasil, foi transferido para Belém/PA. Ficamos lá por três anos. Morávamos na Base Naval de Val-de-Cães, na mesma rua do clube militar, o Espadarte. Em Belém eu conheci coisas legais como pupunha. O meu pai sempre assava castanha de caju no gramado da casa de noite. Tenho boas lembranças de lá. Lembro muito bem da casa onde morei e a reconheci quando fui ministrar uma palestra em Belém em 2009.
  • 1975: voltamos para a cidade do Rio de Janeiro. Fomos morar provisoriamente na Rua Siqueira Campos, em Copacabana. Era um pequeno apartamento com um quarto, cozinha e banheiro. Não tinha sala.
  • 1976: nos mudamos para a Rua Marquês do Paraná, no Flamengo, para um apartamento de três quartos que o meu pai comprou. Era grande. Então, o Instituto Nossa Senhora de Piedade, na mesma quadra, foi a minha primeira escola. Morei no Flamengo até entrar para o Exército, em 1989. Ainda em 1976, comecei a me interessar por como os brinquedos funcionavam. Também fazia experiências incendiárias com álcool e outras coisas, escondido dos meus pais. Quase morri em explosões de garrafas etc, mas ninguém nunca soube disso…
  • 1982: comecei a estudar eletrônica por conta própria. Usava a revista Bê-a-Bá da Eletrônica (aqui há uma relação onde constam outras publicações da época). Estudei muito até, mais ou menos, 1987. Esses conhecimentos, hoje, são essenciais para mim. Posso dizer que me viro bem em eletrônica analógica. Em 2010, por exemplo, um técnico me cobrou R$ 40,00 para consertar uma daquelas mini TVs antigas. Consertei eu mesmo por R$ 0,10. Identifiquei rapidamente o problema: o trimpot de sincronismo horizontal. Neste ano passei a estudar no Colégio Palas, cursando a então 4ª série especial, preparatória para concursos (atualmente, 5º ano especializado, Unidade José Higino). Assim, no fim de 1982, fui aprovado no concurso de admissão para a 5ª série do 1º grau do Colégio Militar do Rio de Janeiro (atual 6º ano do ensino fundamental). Eram 832 candidatos e 80 vagas. Fui o 73. O meu grande amigo de infância e adolescência, Felipe Louzada, foi o 72.
Computadores TK 82C, TK 85, TK 90X, Expert MSX e IBM PC XT.
  • 1983: comecei o meu curso no CMRJ e lá fiquei até o fim de 1988. Aluno Nr 850. Ainda em 1983, no meu aniversário, ganhei o meu primeiro computador. Um TK 82C, linha Sinclair, da Microdigital. Tinha 2 KB de memória RAM. O meu grande amigo no CMRJ, Marcelo Paiva Fontenele, tinha um TK 85. Acho que, naquela época, na 5ª série, só nós dois tínhamos computador. Estudávamos pelos manuais dos computadores, que ensinavam a programar na linguagem embarcada BASIC, e pela revista Micro Sistemas. Nesse momento, sem que eu soubesse, boa parte da minha vida futura estava sendo delineada, pois, até hoje, a informática e a computação estiveram presentes no meu dia a dia. Muitos dos conceitos e percepções que tenho hoje vieram dos meus estudos naquela época. Sempre fui um viciado em computadores.
Atari 2600, o grande sonho de uma geração.
  • 1984: nesse ano ganhei o meu Atari 2600 da Polyvox. Certamente, esse era o sonho de consumo de muita gente naquela época (crianças, adolescentes e adultos).O Atari foi muito difundido no Brasil. Perto de casa (no Flamengo) havia uma loja chamada Fotomania que, entre outras coisas, vendia uma infinidade de complementos diferentes para Atari. A Fotomania não existe mais. Até hoje tenho o meu Atari funcionando, com a saída de vídeo modificada de RF para vídeo composto. Há alguns anos (2017), comprei um mini Atari, o Atari FlashBack 8.
Gravador National RQ2222, o mais cobiçado na época do TK 85.
  • 1985: na 7ª série do CMRJ, comecei a praticar esgrima e fui bem-sucedido. Rapidamente entrei para a equipe do colégio. No meu aniversário ganhei um TK 85 com 48 KB RAM (havia o modelo de 16 KB e o de 48 KB). Nessa época, eu já programava muito bem em BASIC. Eu frequentava muito a loja Ciência Moderna Computação no Centro do Rio de Janeiro (Edifício Avenida Central), que existe até hoje. Eu fazia jogos, eles gostavam, vendiam e me pagavam com outros jogos. Simples! Eu consegui, depois de muito esforço e lábia em cima do meu pai, um gravador National RQ2222. Antes eu tinha um piorzinho que não falava bem com o TK 82C e nem com o TK 85. Para quem não sabe, naquela época, os programas eram armazenados em fitas K7. E não era qualquer gravador que tinha a qualidade necessária para que os computadores pessoais entendessem o que estava gravado. O RQ2222 era o mais recomendado, caro e cobiçado gravador da época.
  • 1986: entrei para a equipe de esgrima do Clube de Regatas Vasco da Gama. No meu aniversário ganhei o tão sonhado TK 90X, computador colorido com 48 KB de RAM. Isso era máquina!!!
O Comandante Mota, meu pai.
  • 1987: realizei um grande sonho – cheguei ao 2º grau (atual ensino médio) e entrei para o Esquadrão de Cavalaria do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Com isso, passei a praticar hipismo. A esgrima era uma tradição por lá: era sempre a Cavalaria quem ganhava a modalidade espada nas olimpíadas internas do CMRJ. Também foi publicado na Revista Micro Sistemas Nr 67 o meu primeiro artigo, intitulado “Combate aos Piratas”. Ele foi escrito em agosto de 1986, quando eu ainda tinha 14 anos, e está disponível aqui. Nesse mesmo ano o meu pai passou para a reserva da Marinha do Brasil. No entanto, amava tanto a Marinha que estava sempre por lá.
  • 1988: no fim do ano, fui aprovado no concurso de admissão para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). A partir daquele momento começava a minha carreira militar. No mesmo ano, ganhei no meu aniversário um Expert MSX da Gradiente, o pior computador que já tive. Ele tinha um problema de memória que o fazia travar constantemente (não todos, mas o meu, especificamente).
Campo escola do Grajaú. Fotos de 1991.
  • 1989: para desespero da minha mãe (filho único) e satisfação do meu pai (oficial da Marinha), entrei para o Exército em 20 de fevereiro, como aluno da EsPCEx, para cursar a 3ª série do antigo 2º grau. Aluno Nr 174. Comecei a atirar com carabina de ar, mas ainda era esgrimista. Iniciei a prática de escalada e fiz o curso de guia de cordada no Corpo de Bombeiros. Terminado o curso da EsPCEx, automaticamente concluí o antigo 2º grau e fiquei apto a ingressar na AMAN.
  • 1990: entrei para a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) para fazer o curso superior de Ciência Militares. Cadete Nr 1810. Larguei a esgrima e comecei a atirar com carabinas de ar e 22. No mesmo ano fui convocado para a equipe da AMAN e para a equipe brasileira. Record por equipe na NAVAMAER (competição entre as escolas militares). Na AMAN tive o meu primeiro contato com computadores PC XT. Forma muitas e muitas noites diante do novo brinquedo (PC XT). Também, adotei definitivamente o espiritismo para a minha vida.
  • 1991: novo record na NAVAMAER. Nesse ano montei o meu primeiro PC em casa. Era um AT 386 SX 25 com 2 MB de RAM. A partir daí montei todos os meus computadores e isso ocorre até os dias de hoje.
  • 1992: escolhi a arma de Cavalaria para ser a minha profissão militar pelo resto da vida. Comecei a estudar hardware e MS-DOS a fundo. Eu engolia livros do Laércio Vasconcelos sobre hardware. Eu continuava sendo da equipe de tiro da AMAN, mas também ajudava a Cavalaria, nas olimpíadas internas, como esgrimista.
  • 1993: em dezembro, fui declarado Aspirante a Oficial do Exército Brasileiro e bacharel em Ciências Militares. Comprei o meu primeiro carro. Um Chevette Sedan 1.6 branco, ano 1989. Custou R$ 7.000,00. A foto ao lado não é exatamente dele. No entanto, o meu era idêntico.
  • 1994: cheguei à minha primeira organização militar (OM), onde permaneci até 1997. Era o 4º Regimento de Cavalaria Blindado (4º RCB) em São Luiz Gonzaga/RS. Logo ao chegar, recebi a missão de montar os 3 primeiros PCs da OM. No mesmo ano fui promovido ao posto de 2º Tenente. Comecei a dar aulas de hardware e de redes de computadores nos cursinhos da cidade. Na Teknika Informática era o principal deles. Eu também tinha uma pequena coluna no jornal local (A Notícia). Uma vez por semana eu publicava alguma dica interessante sobre informática.
  • 1995: Internet em casa! Novos desafios e aprendizados! Trumpet, mIRC, Eudora, Netscape e outros bichos… Fui convidado pelo Centro de Informática do Exército de Porto Alegre/RS, atual 1º CTA, para ser o instrutor de um curso de hardware para oficiais e sargentos do Centro. Uma grande realização profissional para mim. Naquele curso de duas semanas, fiz amizades que perduram até hoje. No 4º RCB, fiz a interligação em rede dos 4 computares do prédio do Comando (um computador em cada sala, em 2 andares). Utilizei cabo coaxial e rede LANtastic.
  • 1996: fui promovido ao posto de 1º Tentente.
  • 1997: fui nomeado instrutor da AMAN. Comecei a usar GNU/Linux. A distribuição era a Slackware 3.6, que veio grudada na capa de um livro que comprei para aprender Linux.
Na foto, atuando como instrutor de mergulho. Foto de 2009.
  • 1998: comecei a minha jornada como instrutor da AMAN, em Resende/RJ. Em fevereiro, nasceu a minha filha amada, Danielle. No GNU/Linux, passei a usar RedHat 5.0, pois fiz um curso sobre isso, no Rio de Janeiro, durante quatro sábados. Também fiz o meu primeiro curso de mergulho autônomo. E os meus instrutores foram alguns dos meus Cadetes!!! Comecei a ministrar cursos sobre GNU/Linux. Também criei o meu primeiro site na Internet, chamado Hardware Help. Ainda dá para vê-lo na máquina do tempo da Internet (http://web.archive.org). Clique aqui para ver.
  • 1999: fui promovido ao posto de Capitão.
  • 2000: fui designado para a Seção de Informática da AMAN (SPAD, atual Divisão de Informática) e criei o provedor Internet da Academia. A partir desse momento, todos os instrutores e cadetes tinham Internet. Todos os servidores de rede rodavam RedHat, distribuição que eu usava na época. O link era via rádio de micro-ondas e tinha incríveis 256 Kb/s de velocidade (muito veloz para a época). Ainda nesse ano comecei a ministrar palestras pelo Brasil sobre Linux, redes, segurança, forense computacional, criptografia e outros assuntos. No meu currículo é possível ver os eventos nos quais estive e as palestras ministradas. Escrevi o livro: Linux & Seus Servidores. Esse foi o primeiro livro sobre servidores de rede com GNU/Linux no Brasil. Em novembro faleceu o meu pai querido, João Eriberto Mota. Sem ele, com certeza, eu não teria chegado onde cheguei. Obrigado meu pai. No mesmo ano, no Exército, recebi a Medalha Militar de Bronze (10 anos de serviço).
Os meus dois primeiros livros.
  • 2001: fui designado para cursar a pós-graduação em Ciências Militares no ano seguinte. Me interessei por aviação e comecei a frequentar aeroclubes e a fazer cursos. Escrevi o meu segundo livro: Pequenas Redes com Microsoft Windows. Também criei o primeiro site sobre Iptables do Brasil. Até hoje é uma referência. Obrigado a quem dele se utiliza e elogia. Recebi, no Exército, a Medalha da Vitória, outorgada pela Associação de Ex-Combatentes do Brasil.
  • 2002: fiz a pós na área militar na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), no Rio de Janeiro/RJ. Ao fim do curso fui designado para o 11 Regimento de Cavalaria Mecanizado (11 RCMec), em Ponta Porã/MS. Comecei a me interessar pelo Debian, pois o RedHat não me atendia muito na questão de atualização de uma versão para outra.
  • 2003: me apresentei em Ponta Porã/MS e passei a comandar o Esquadrão de Comando e Apoio do 11 RCMec. Muitas operações na fronteira com o Paraguai e uma excelente tropa. Fui muito feliz por lá. No fim do ano, fui nomeado oficial do Gabinete do Comandante do Exército, em Brasília/DF.
  • 2004: cheguei ao Gab Cmt Ex e fui designado Gerente de Rede e Segurança do Comandante do Exército, função que exerci até 2015. Cursei a pós-graduação em Segurança em Redes de Computadores na Universidade Católica de Brasília e já permaneci como professor no curso. No Exército fui responsável direto pela adoção oficial do Debian para os servidores de rede, convencendo o Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, por intermédio de conversas e palestras. Demonstrei cada ponto e levantei todos os prós e contras. Depois disso, fui designado para fazer o mesmo tipo de palestra para a Força Aérea Brasileira, no Rio de Janeiro. Parece que deu certo, uma vez que a FAB também passou a utilizar o Debian. Nesse mesmo ano, formei a primeira turma de técnicos que foi para a missão de paz da ONU no Haiti. Sobre Brasília, esta cidade é realmente maravilhosa. Acho que não sairei mais daqui.
  • 2005: criei o site eriberto.pro.br. É possível ver a sua evolução na máquina do tempo da Internet. Clique aqui. Também criei, junto com o amigo André Bertelli, o projeto internacional IPS HLBR (extinto). Professor na pós de segurança da Católica. Por discordar de procedimentos e metodologias de ensino, fiquei por um ano e pedi demissão. Ainda, no mesmo ano, a pedido do Departamento de Ciência e Tecnologia, ministrei o curso Linux em Redes TCP/IP, para técnicos de todos os Centros de Telemática do Exército.
Descobrindo o Linux, 1ª ed
  • 2006: escrevi a primeira edição do livro Descobrindo o Linux, com 420 páginas. Fui convidado para criar e coordenar a pós-graduação Lato Sensu em Software Livre no Instituto Superior Fátima, atividade que exerci até 2008. Encerrei o curso por motivos diversos. Com ajuda do amigo Goedson, fiz o meu primeiro pacote Debian. Foi o chetcpasswd, que não está mais no Debian. Hoje em dia tenho vários outros pacotes, que podem ser vistos aqui.
  • 2007: Escrevi a segunda edição do Descobrindo o Linux, com 544 páginas. Tive o prazer de ministrar um curso de 2 semanas para o Centro de Computação de Aeronáutica, em Brasília, sobre SO GNU/Linux.
O Major Eriberto… Foto de 2011.
  • 2008: no Exército, fui promovido ao posto de Major. Tive a honra de, por 2 semanas, ter sido instrutor de redes de computadores para Centro Integrado de Telemática do Exército. Pela primeira vez, fiz as provas do Debian para ser DD (Debian Developer). Fiz as duas primeiras provas e passei bem por elas. No entanto, comecei a escrever um livro (Análise de Tráfego) e, ao dar prioridade para ele, terminei abandonando as provas.
  • 2009: Fui convidado para ser professor no curso de pós-graduação em Perícia Digital na Universidade Católica de Brasília. O curso existiu até 2015. Também fui chamado para ser professor na pós-graduação em Gestão de Segurança da Informação na Universidade de Brasília. Recebi, no Exército, a Medalha Militar de Prata (20 anos de serviço).
  • 2010: a Universidade Católica demonstrou interesse pela minha pós em Software Livre. Então, voltei a ser coordenador de curso. Exatamente, em 24 de maio, recusei o convite do Google para trabalhar por lá, fora do país.
  • 2011: 40 anos de idade. Bela idade. Não posso reclamar da vida. Atualmente sou militar, palestrante convidado em diversos eventos (inclusive internacionais), professor nas pós-graduações da Católica e da UnB, informático, aviador, escritor, além de arquiteto, pedreiro, pintor, eletricista e encanador na minha casa. Cozinheiro também! Ainda, migrei este site (http://eriberto.pro.br) para WordPress. Convidado pelo amigo Gleyson, comecei dar aula num curso preparatório para concursos chamado Cathedra.
  • 2012: em 06 de julho foi lançada a 3ª edição do meu livro Descobrindo o Linux, com 928 páginas. Em outubro o livro foi reimpresso pela primeira vez. Tive o prazer de retornar ao Centro de Computação de Aeronáutica, em Brasília, para ministrar 2 semanas de instrução sobre Forense Computacional e Análise de Tráfego em Redes de Computadores. Recebi, no Exército, a Medalha do Pacificador.
Análise de Tráfego em Redes TCP/IP
  • 2013: em julho me tornei DM (Debian Maintainer). Foi legal poder fazer os meus próprios uploads para o Debian, mas, pensando bem, teria sido melhor se eu tivesse concluído a prova para DD em 2008. Em 1º de agosto foi lançada a 1ª edição do meu livro Análise de tráfego em redes TCP/IP, com 416 páginas. Em novembro o livro Descobrindo o Linux, 3ª edição, foi reimpresso pela segunda vez. Em dezembro foi a vez do Análise de tráfego, reimpresso pela primeira vez.
  • 2014: no Exército, fui promovido ao posto de Tenente-Coronel. Fui convidado pelo FISL para ser palestrante (15º FISL). Depois de muito postergar, com desculpas do tipo “falta de tempo”, finalmente me submeti novamente às provas do Debian em fevereiro e me tornei Debian Developer (DD) em julho. Comecei a atuar ativamente como mentor no Debian, a fim de ensinar a arte do empacotamento para quem quisesse e para facilitar o upload de pacotes para quem precisasse. Nesse campo, trabalhei com pessoas de todo o mundo. Uma experiência fantástica.
  • 2015: nesse ano tive uma experiência inesquecível. Fui convidado para integrar uma equipe de três oficiais do Exército Brasileiro para participar de uma competição de invasão de redes de computadores em Tel Aviv, Israel. A competição se deu em junho, foi montada pelas Forças Armadas Israelenses e fomos muito bem. A cidade (Tel Aviv) é sensacional; recomendo a quem quiser fazer uma viajem interessante. Nesse ano eu também continuei o meu trabalho em prol do Debian, ajudando iniciantes e fazendo uploads para a nova versão a ser lançada, a Jessie. Em maio, ajudei o Antônio Terceiro, que foi o meu advogado no Debian, a fazer a Micro DebConf 2015 na UnB do Gama. Depois disso, vendo o enorme interesse das pessoas, concretizei um sonho: gravei diversas videoaulas, voltadas para a atividade de empacotamento, para ajudar quem quisesse aprender sobre isso. Como resultado, disponibilizei, gratuitamente, cerca de 15 horas de aulas na Internet. Ao longo do tempo, novas aulas foram sendo adicionadas e, hoje, há mais de 40 horas de vídeos. Essas videoaulas estão disponíveis em https://debianet.com.br. Em outubro, fui convidado para servir no CDCiber (Centro de Defesa Cibernética, Exército Brasileiro), com a missão de idealizar e montar a rede central de segurança das Olimpíadas Rio 2016. Aceitei o convite e fui transferido para lá. Em dezembro, a minha filha Danielle se formou no ensino médio.
  • 2016: esse foi um ano intenso. Como foi dito, tive a honra de montar a rede central de segurança das Olimpíadas Rio 2016. Isso foi muito gratificante. Trabalhei muitas madrugadas, com um prazo de 6 meses para colocar a rede no ar e em segurança. A rede foi montada totalmente com Software Livre, tendo como base o Debian. No seu core não havia nenhum produto proprietário, incluindo o sistema de roteamento e o sistema de firewall. O período de Olimpíadas também foi intenso pois, todos os dias, novos ajustes foram feitos, de acordo com as necessidades existentes. Acho que essa foi a experiência profissional mais significativa para mim dentro do Exército Brasileiro.
  • 2017: esse foi um ano tranquilo. Ministrei muitas instruções dentro do CDCiber e, novamente, tive a honra de ter sido convidado para capacitar militares da Força Aérea Brasileira (CCA-BR) na parte de redes de computadores e segurança.
Passagem para a reserva.
Lua, a minha samoieda.
  • 2018: no início de março dei as boas vindas à minha companheirinha, a cachorrinha samoieda Lua. Em pouco tempo a Lua cresceu e ficou linda. Ela chegou em 1º de março, com 7 semanas de vida. Ao lado, a foto mostra dia em que ela chegou e, depois, com 6 meses de vida. Na mesma semana em que a Lua chegou eu comecei a fazer o adestramento dela. Ainda em março, dia 31, passei para a reserva no Exército Brasileiro. Neste momento, teoricamente, um ciclo da minha vida tinha terminado. Só que o vínculo não acabou, pois ao longo do tempo eu continuei atuando como instrutor de TI no Exército em cursos que foram ocorrendo ao longo do tempo.
Lua e Lilás, fev. 2023.
Lilás, com quase 2 meses.
  • 2019: Em um encontro da raça samoieda, a Lua acidentalmente engravidou. Uma longa história. No fim, vieram 6 lindos filhotes de samoieda (3 machos e 3 fêmeas). Como eu pretendia comprar mais uma fêmea para fazer companhia para a Lua, pude escolher uma filhote. A escolhida foi a Lilás, a que mais era apegada com a mãe. A diferença de idade entre as duas é de 1 ano e 3 meses. Hoje em dia as duas são inseparáveis. São muito amigas. Elas me proporcionam muito exercício físico. Andamos, diariamente, de 1 a 2 horas. Geralmente, chegamos perto de 2 horas.
  • Ainda em 2019, participei ativamente da DebConf 19, que foi aqui no Brasil. Ministrei 3 dias de aulas sobre empacotamento (das 08:00 Às 19:00h). Também proferi 3 palestras. Ainda, fui responsável por montar parte da infraestrutura de rede que ficou disponível para todos os desenvolvedores e participantes.
  • 2020: Em janeiro a minha mãe fez a passagem. Que Deus a ilumine. Logo a seguir, a pandemia COVID-19 chegou. Todo mundo em casa. Nisso, o Debian Brasil começou a realizar uma série de atividades on-line. Isso ficou conhecido como “FiqueEmCasaUseDebian“. Foram 35 dias de palestras, traduções e empacotamentos. Na parte de empacotamento, o meu amigo Giovani deu a ideia de fazermos uma maratona. O Thiago se juntou a nós e, com isso, tivemos quase 60 dias de atividades diárias de empacotamento, com o objetivo de ensinar como fazer isso. 68 pessoas participaram dessa atividade como alunos.
  • 2121: a minha filha Danielle se formou em advocacia e conquistou a OAB no ano seguinte. Está bem encaminhada na vida. 50 anos de idade, com muita saúde. Obrigado Deus.
  • 2022: comecei a dar aulas de perícia digital em uma pós da UTFPR. Fui convidado pelo amigo Marcos Talau (também DD).
  • 2023: como retrospectiva, de 2014 a 2022 trabalhei como mentor de alguns brasileiros que se tornaram Debian Developers (DD). Nesse período, foram 7 no total. Outros já estão por vir.
  • Anos vindouros: certamente continuarei a minha história com muita paz, amor, felicidade e luz.  🙂 Aguardem os próximos capítulos!